Da turma do 3.º ano, do CE de Angeja.
A couve-de-bruxelas
Numa tarde de inverno, foi retirada da terra uma couve-de-bruxelas, que foi parar à cozinha de um restaurante muito luxuoso.
Isso fez com que ela se achasse a mais importante e a mais rica de todas as outras.
Contudo, naquela cozinha, estavam também outros vegetais: uma alface, uma couve-galega e uma cenoura.
- O que estão aqui a fazer?! Não aproveitam a vida?! Não sabem o que é bom?!
- Estamos aqui para ser cortados, cozinhados e servidos numa rica mesa!
- Isso é que era bom! Eu não sirvo para isso!
- Ai serves, serves, também vais ser cozinhado!
- Como se atrevem a falar assim para mim?! Exijo-vos um pedido de desculpas, com uma vénia e respeito, porque eu sou rica e importante. Não sou um vegetal qualquer!
A couve-galega que era pobre, analfabeta, mas espertalhona perguntou:
- O que é uma vénia? Não sei o que é isso!
- Não consigo dobrar as costas! – Disse a cenoura, que era fina, inteligente, mas pobre.
A alface, muito nervosa, retorquiu:
- Ai…ai…ai…não tenho tempo para essas coisas! Tenho de me ir encontrar com o meu grande amigo, o tomate, pois temos de fazer uma deliciosa saladinha.
Entra o cozinheiro, com um valente chapéu branco, pega na couve-de-bruxelas e zás…dentro da panela.
Assim, se ensina quem se acha mais do que os outros.
Texto coletivo
Ang 3
CE de Angeja
Professora titular de Turma: Emília Marques